27 julho 2011

amor é jogo que sempre perde


não será por ti, só por ti que meu ser arde
por mim também arde, queima e depois perde
o amor é jogo perigoso que em nós vive
e tua história não será em mim prova de fogo
o amor tem cartas brancas, fechadas que não se abre
e pode ter afiadas lanças ou simples botões de rosa
ninguém sabe quem é mais forte nem porque tu morres
e não será porém o além do que possa sentir
nem o aquém do que possa pensar
nem tão simplesmente o que possa ser
a ser que seja profundo e não programado
pois ninguém tem botão on-off
amor tem dois pares de olhos cegos, já condenados
que deixam elásticas memórias num mar bravo
fica sempre um e o outro parte
nunca dois corações no mesmo tempo partem
antes de nós, devia o amor ser mais forte
comandar o forte e o fraco e na morte durar a eternidade...

por Rosa Magalhães

26 julho 2011

Benquerenças


na imensidão do gostar achamos perfeito a permissão para entrar no mundo uns dos outros, depois, perdemo-nos nesse conhecer e na vez de encontrarmos almas perfeitas e reais, apenas fica o que sonhamos com algumas histórias cativantes e experiências que julgamos enriquecedoras, depois, vem o tempo e apaga essa ilusão. sem desesperançar alguns dos feitiços que nos fazem permanecer juntos, são os refúgios do nosso caminho que vamos colorindo ao longo da vida e a mancha das ausências com o tempo volta a tomar forma e cor e acabam por ficar esquecidas pelas distâncias ou quaisquer motivos que não são motivos. ou se tem afinidades ou não. o mundo anda mais de mãos dadas nas conveniências que nesses castigos dos presentes que nos provocam emoções de rir ou de chorar. alguns iluminam nosso olhar sempre com o mesmo sentimento bonito, para não apartar laços. não há bem maior que ter verdadeiros amigos a fazer parte da nossa história. é positivo o aprender a congelar frases e pensamentos, temos de marcar os momentos, e um dia depois do tempo, desse tempo que não findou ainda, talvez possamos nos recolher e nessa volta, voltar num reencontro.

Rosa Magalhães
Amor Sanado!


perceber que tinhas quebrado
depois da tua partida
sem sequer ter pensado alguma vez
isso pudesse acontecer
por ventura nunca fui esquecida
ou isso foi só tua razão
voltaste de quem te deixou
entendeste que estaria aqui só
esta história imunda
é melancolia nos meus ouvidos
a canção imperfeita do amor
não me vou importar mais
isso é seres agressivo
do jeito carinhoso que ninguém quer
tenho na cabeça ideais
que me esbarram todos os dias
não serás tu para mim mais
aquela pergunta sem respostas
que um dia se aproximou
já não és nada que me perturbe
já não és mais a pergunta porquê
já não és quem amei e deixei de amar
simplesmente és ninguém
tenho uma estrada percorrida
outra para fazer
não preciso da tua guarida
vou cantar até morrer sem medo do novo encanto
a mim nunca jamais me voltaras a sofrer
homem assim merece a partida
sem dor na despedida fica a mensagem
nunca mais te quero ver


Rosa Magalhães
 

01 julho 2011

o pensamento é uma janela aberta dentro de nós...

minha pegada...

escrevo na primeira pessoa e nem sempre falo de mim, mas posso encarnar um iate e deixar-me navegar pelo oceano azul...
adoro sonhar e o maior prazer será que alguém possa entrar dentro das minhas palavras. esse é meu estranho jeito de ser imagens, sons, personagens... sentires.

- já escutaste o silêncio e os sons que dele vem?
- que fazes se nesse silêncio ouves um pingo de água que cai?
eu imagino-me um oceano azul...
- como posso eu imaginar-me um oceano azul dentro de um pingo de água que cai no silêncio que escuto?
(deves perguntar)
- pois digo-te que tudo é simples, basta amar.
só ainda não consegui encarnar esse objectivo a serio, aquele que se marca em palavras do pensamento num pedaço de papel e depois, cumpri-lo.

... sou um oceano de sonhos que trago escritos por dentro, muitos realizados, outros prontos. uns destacam-se mais do que outros e outros não quero jamais deixá-los sair desse estado com “medo” de perder essa magia. entendo que há sonhos que devem permanecer, assim.
nada é impossível, mas há sonhos que vivem na incerteza do tempo certo para se realizarem. meu pensamento voa livremente para onde quero ir, mas fico, não vou.

apetece-me mergulhar no fundo do mar. vou e atiro-me do iate que meu cérebro um dia desenhou. nesse mergulhar encontro um mundo imaginado onde o amor reina por entre marinhas flores, o lugar onde há peixes que passeiam a sorrir...

- eu desejo tocar o fundo do mar! que coisa estranha...
no pensamento já lá ando faz tempo, só falta mover esforços “mexer-me” para realizar.
... vou nessa emoção focada nesse querer e do que não tenho vejo-me a fazer “coisas” que nunca fiz e às vezes é tão real que quando saio do sonho parece-me continuar a “sonhar”... então não preciso realizar, ando por lá quando quero.

manobrar os pensamentos é maquinar sonhos conforme os desejos, mas que haja amor! com amor tudo é possível, eu comando.
... tudo é simples, basta amar.

Rosa Magalhães