30 dezembro 2011

Beijo tácito 2012

Que posso ser
senão criatura igual a ti
para amar fortemente
e esquecer-me do sol e do mar
para rebolar nesse universo de flores
e ver a praia de pernas para o ar…

Que posso ser
senão o sepultar
tudo que não me aduz brisa
nem simples erma solidão de sal
nem deserto de palmas cruas do destino
nem menos vasos em flor
e nem chão inerte no peito
de uma artéria vestida de sonhos…

Que posso ser
senão aves
que anulam supérfluos sorrires
e fúteis ideias de ingratidão!
Porque o poeta é triste e de dor
porque o poeta é livre de inventar
a secura tácita de um beijo oculto
pleno de sede infinita é amar…


Rosa Magalhães


A TODOS DESEJO UM EXCELENTE 2012
CHEIO DE LINDAS REALIZAÇÕES POÉTICAS!


20 dezembro 2011


Orna-te de salubres e exíguos sorrisos
e serás a melhor árvore de Natal


Rosa Magalhães
com os melhores votos de um Santo Natal 2011

23 novembro 2011

De mim sou nada senão algas e sargaços



De mim sou nada senão lugares moços
Senão fruídos olhares moliços
Senão quebradas coisas pequenas
Dum mundo breve e despido

De mim sou nada senão psicadélicos momentos
Senão voz que debelo e me cala a infância
Que escuto muitas vezes no ranger do meu silencio
Algas da rua dos meus pensamentos

De mim nada sou senão fragmento erigido
Senão janela tardia e trancada pelo vento
Senão enlace de perdões que me confundem
Erróneos do acaso com cabelos níveos

De mim sou nada senão pedra que esfinge
Senão remansos no devaneio do lamento
Senão senda deposta e vencida que me assola
Senão trova do sargaço donde a safa
Desata-me e parto


Por Rosa Maglhães

17 novembro 2011

quisera o tempo
não ter madrugada vazia

nem o sono tardio
a esperar-te
debruçada
nesse azul mar do rio
onde jamais
a saudade pudesse tornar
a tocar-me
onde jamais
o cansaço pudesse
abraçar-me


Rosa Magalhães
quisera o tempo
e não pudesse ver-te

não pudesse
escrever-te
desenleada carta de amor
de alma
e probidades
onde enquadrasse o amanhecer
e eu,
não quisesse de lá vir
para escapar de dormir
até que outro novo amanhã
deslumbrasse em mim


Rosa Magalhães
Amigos? Amizades?
… verdadeiros ou falsos?
Como são os teus?
E os meus?


... Que amigos eram os teus
que te incitavam para os bares
bebiam contigo a noite toda
até te embebedares a ficar sem rumo?


Que amigos eram
Aqueles que sentias que gostavam de ti
e te abandonavam na rua
completamente bêbedo?


Que amigos eram
os que te largavam quando mais precisavas
que te abandonavam quando caias
e no chão até passar o efeito permanecias
e quando acordavas, estavas sozinho.


Que amigos eram esses
que não te deram a mão nem te oferecem palavras
nem bons conselhos
apunhalavam-te pelas costas
e na tua frente eram, tão lindos…


Que amigos eram esses que só tiraram de ti
e nunca te deram nada na troca dessa partilha
ignoravam-te mas quando precisavam procuravam-te
para buscar consolo…
… e quando precisavas, nunca estavam disponíveis.


Que amigos eram?
os que só te sacavam do bolso
e ainda te culpabilizavam
se algo lhes corresse mal…


Amigos? Amizades?
… verdadeiros ou falsos?
Como são os teus?
E os meus?




Rosa Magalhães

30 outubro 2011

sede de desejo

Quero uma terra com árvores e com mar
sem edifícios de ferro e sem pessoas apressadas a passar.


Quero um espaço simples
onde o silencio canta e é belo…
… um espaço sem cabelo
sem carros nem buzinas para me aborrecer.

Quero o silêncio
melódico como um riacho que canta
tão simples como a simplicidade santa
dos que sentem mero anelo de existir.


Quero,
uma terra sem diferenças

sem poderes.
Uma terra de esperanças e sonhos para viver!
Onde eu possa um pôr de Sol admirar
o numero de vezes que eu quiser!
Mesmo que depois de muito tempo
meus olhos achem banal esse querer.
Quero,
adoptar partes do teu amar…
num só modelo de amor o mundo desfrutar
e saber como é bom sentir o ego a vibrar.

Quero as palavras carnais e quero
que a força me deixe emergir nesse respirar.

por Rosa Magalhães

07 outubro 2011

Fim

Julgue-se que o veredicto deste elenco enceta pelo fim a casar a filha da Viscondessa da torre,
“e foram felizes para sempre”.
Tiveram sete filhos antes de casar e o padre da aldeia coagiu-os a solenizar votos legais para zelar o bom nome da génese. Aparte isso, jamais algum nascimento se realizou naquele amor colossal, adornado por um Bonsai situado à chegada…
Já a Viscondessa, coitada, vivia afligida pela agonia que o amado da filha trazia ao castelo, pelo bom nome usava ao pescoço um fio que pendurava uma cruz adornada em ouro para escudar coisas que não faziam fama imponente.
Tais malefícios nunca soaram tão grandes como naquele dia, embora voassem de boca em boca a aldeia nutria-se dos malditos enxames filtrados na torre da Viscondessa. Uma praga!
Uma praga pior que erva daninha e nunca alguém se atreveu a chutar dali as tantas abelhas que figuravam a impedir o guarda de lá entrar e isso causava pavor no castro belo.
Esse tanto amor que desabrochara naqueles olhos nunca cuidou estar em pecado perante a lei de Deus.
Josefino, o amado de Maria filha da Viscondessa da torre, sobejara o padre quando este sitiava frente aos convidados,
“Agora podeis beijar-vos!”
Antecipou-se e beijou a amada.
De facto ninguém tinha nada a ver com o caso apesar de ter-se tornado um caso ébrio na realeza e mesmo assim Josefino sem perder seu galanteio, impôs-se a não consentir que o padre tomasse tamanha anuência nem o humilhasse debaixo de tantos olhos e deixou todos de boca aberta.
Maria não pensava na mesma feição.
Carregava um sonho quase impossível devido ao avançado pensar do seu amado. O sonho que a movia tornara-se num amor quase afundado no rio onde tantas vezes banhou seu corpo junto dos lindos nenúfares. Se não fosse a Viscondessa tomar partido para dizer um basta, ainda hoje não haveria nobre história para contar e nem a Viscondessa acelerada espicaçaria o Senhor padre, na verdade deixou toda a redondeza num suspiro de aliviada por tão agradada postura.
Ao entardecer juntaram-se todos no adro da Igreja e uma jura feita suscitou Josefino, o povo trazia tochas em chama pois viam naqueles dois um amor proibido e triste, mas é sempre assim que acontece nos olhos de fora que sempre vêm as coisas desacertadas.
Antes do nascimento do primeiro filho, Josefino era admirado por sua sogra a quem bajulou sinceridade e na sua presença jurou fidelidade à sua amada,
“até que a morte nos separe”.
Depois, depois gritou no altar entrelaçado à questão dúbia que o prendia. Tamanho sentir causou-lhe dor no peito e deu-lhe à ideia, um nunca mais na sua vida ousar olhar outras flores que não fosse as lindas flores do jardim da sua amada.
Na verdade, Josefino deixou-se deambular noutros jardins que não o dele, mas isso acontecia antes do fatídico dia a seguir à folga no tempo do exército, quando afogou todas as mágoas numa garrafa de vinho e adormeceu abraçado a um vaso junto à soleira da porta de Maria.
Esse foi o ponto forte fraquejado por Maria, uma vez que espontaneamente já se sentia conquistada por Josefino.
Por uns dias conseguiram esconder tamanha sanidade, mas quando a voz soltou a garganta do jornaleiro que passava na calçada sempre à mesma hora, o coração da Viscondessa partiu-se em pedaços ao saber da sorte talhada que Josefino traria à sua exígua menina.
- Este rapaz nunca fora exacto! (disse)
Mas era bem-parecido, era alto e moreno e junto disso a sua graça de maiúsculos olhos num rosto muito sardento e um sorriso que transmitia alegria. Era bem acolhido, como se fosse sempre um menino prestes a ficar de cama à espera que as bolinhas vermelhas corressem corpo a fora para sentar-se e estudar.
A professora admirava-o por ser o melhor aluno da escola. Era simpático e ágil nos grandes feitos, controlava outros meninos que jogavam à bola. Um dia confessou ter esquecido o jogo. Foram tantas as vezes que a bola ficou enfiada no telhado da vizinha da escola, a velha que sempre vinha à janela asnear tamanho dano, ficava branca de tão esbaforida pela respiração entrecortada. Afinal, Josefino ainda nem tinha idade e como a mãe estava sempre por casa a costurar e a fazer rendas a troco de umas coroas, nunca precisou sair das saias da mesma. Era ali que ouvia lindas histórias que a mãe lhe contava, inclusive os apólogos duma Viscondessa da torre que tinha uma bela filha de nome Maria prestes a casar.

Histórias…
… Histórias de encantar, ou não!

Essas continuadas que acendem a alma e ainda avivam memórias do Josefino desde o momento que viu pela primeira vez, uma luz branca, enquanto nascia.


Início
por Rosa Magalhães  (escrita livre)
(texto enviado ao Jornal Correio do Minho para publicação no "Conta o Leitor" em Agosto 2011)

05 outubro 2011

sou Inverno e Verão

transpiro como a fonte
tremo como o gélido frio
pareço água do rio...
em pleno Verão de Inverno
procuro a culpa
só encontro o culpado:
- ar condicionado
e os excessos
e os extremos da mente humana
... ora está um calor insuportável
... ora está um frio polar indesejável
uns querem
outros não
e enquanto isso,
as duas poderosas estações do ano
unem-se a invadir-me numa só palavra:
- doente.

há falta de equilíbrio nas vontades humanas?


cada um devia ter um aquecedor em cima da cabeça
e um arrefecedor debaixo da cadeira
e um botão on/off que possível fosse
para não incomodar quem está ao lado...

civismo e a falta dele?


Rosa Magalhães

23 setembro 2011

lição de Moral:



todo o lugar no mundo
tem guerra que traz fome e destruição
interesses, mesquinhos,
... individuais e politicas!
e nada ocorre que Deus não saiba.
o mal,
é o mecanismo que causa efeito
eu faço efeito e não vou-te odiar,
sabes porque?
já tens quem te chegue!


 
por Rosa Magalhães
 

14 setembro 2011

ViVer

Trazemos o dever da vida
na vida que nos carrega
e o bom senso da responsabilidade
nos nossos livres actos para viver
para viver cada dia como se fosso sempre o primeiro
e não o último.
Temos gratuitas as escolhas
e um dever de as seguir...
e um dever de as agradecer,
a cada vez que acordarmos a vermo-nos,
amanhecer...

... por isso,
cabe-nos a nós decidir, bom colher.
Cabe-nos a nós cuidar,
porque da semente que bem plantarmos
nascerá o fruto
e deve ser bom fruto
a poder nascer boa colheita.
Nessa alegria virá a satisfação,
não basta só o desejo
não basta só, pedir.
É preciso saber quando e como.
É preciso fazer.
É preciso medir consequências,
e ter consciência e sabedoria.
E ter em mãos a Bíblia.
E dum olhar permitir voar,
a ver o céu que por nós, também quer sorrir.


por Rosa Magalhães

13 setembro 2011



muitas das vezes a nossa razão é tão grande que nossos olhos não conseguem alcançar o outro lado, muito menos tomá-lo como nosso e muito menos entendê-lo para apaziguar as situações...
... o feeling, embora seja de poucos é daqueles que conseguem fazer isso todos os dias, em todas as circunstâncias da vida.

por Rosa Magalhães

 
 
o que tu lês
e o que eu escrevo
são coisas tão diferentes
e tão lindas
e é isso que me fascina
enquanto escrevo
e é isso que te fascina
enquanto lês
e faz de nós
entre nós
esse sentido
um segredo só
que a mente abraça
e o coração despedaça
todos os caminhos
a descoberta interior
de onde navegas
para que marés vais
surpreendes…


por Rosa Magalhães
Frui
num olhar teu a madrugada
e na emoção um sorriso amenoduma brisa frui o some toca a guitarranum amor entardecidonum abraço já esquecidoda cansada almado sol e da chuva adormecida
terna camisa despida


por Rosa Magalhães
Perguntas-me o que é o Amor?




Ai o Amor …
… o Amor é lindo!
E tem corações abraçados num beijo sem tempo
E tem emoções
E tem partilha que inebria os sonhos
E vai fidedigno p’la eternidade adentro
Sem cansaço que invada a alma
E sem bater assas
Como fazem borboletas à procura de flores…


por Rosa Magalhães
Não contes amor, não contes!
Não contes as lágrimas que o mar tem lá dentro
Nem marés minhas sonhos de vento
Nem as folhas caídas do meu tormento…


Não contes amor, não contes!
Não contes as lágrimas que o mar tem lá dentro
Nem marés minhas sonhos de vento
Nem folhas caídas do meu tormento

Não contes!
Não contes o choro dos meus beijos
Nem as salinas no canto do teu olho
Nem as tontas carícias dum amor perdido
Nem as memórias dum corpo valente


Não contes amor,
Não contes as brisas nem os copos embevecidos
Nem as vezes ao abrigo do teu colo
Nem os murmúrios enquanto loucos
Nem as vezes do amor sem dias
Nem as horas impossíveis ...
... para lá da linha do horizonte


por Rosa Magalhães


trago-te abotoado
no meu peito
na vontade
sem o jeito de te amar
escondi de mim
meu doce ser tão dócil
sou fera
sou brava
sou o fruto selvagem
do teu mar



por Rosa Magalhães

Vida presa por um fio


 O tempo que carregamos
A fazer coisas
Coisas que num pensamento
Destruímos
E ficamos sem elas
Assim
Como que
Por magia
E elas fogem para longe
E assim como coisas,
Pessoas.



 por Rosa Magalhães
 
 
 
foto da internet




28 agosto 2011



Texto de Rosa Magalhães publicado pelo Jornal Correio do Minho no mês de Agosto 2011, em "Opinião - Conta o Leitor"
escrita livre baseado em imagens reais.


"Deixem Viver os Macacos"


Devia-se fazer ardis sobre a humanidade sem torturar os macacos! Os bichos têm índole e alma e amargam tanto como os humanos, não são estafetas para o efeito. Então, não lapidemos os limites! Agora que a cidade está apeada por batalhas da individualidade digam-me se é brilhante! Macaco não faz tanta crueza assim!

Agora? Perguntas-me agora?

Olha, agora limpa a cidade que metamorfoseaste de aterro e dá-lhe luz com sabor e dispõe de mais macacos a viver lá dentro. Sim macacos! Macacos porque além dos humanos em vias de extinção só restam macacos!

Não percebo. Não percebo porquê tantas boninas por todo o lado. Decerto algum favorito mereceu o mundo. É lindo o gesto da humanidade que sente, mas humanidade que sente de verdade evita tão alheada pena. Esqueceram o fôlego vital cuspido na própria língua, a Animalia é pior que pena de boninas, pura dor no cotovelo!

Olha, olha só no que deu! Se havia crise no mundo agora já não há!

Hoje parece-me bom dia p’ra chorar abundância.

Ceifaram-me os jardins e agora doem-me todos eles.

Sei que não carece ser baboso mas é urgente aprisionar gestos mal ditos e mal feitos. Ser rebelde não é o mesmo que ter rebeldia por dentro! Perde-se a classe por tão pouco tempo e ganham-se graus de pessimismo que vai de fora p’ra dentro. Depois, depois há prazos de jejum p’ra tirar da cabeça todas as eloquências!

Não sabes, mas há uma roda-viva com anéis difusos no ar a expiar-nos. Inalamos sem ofuscar essa barreira e um dia todos vamos circular neles como prova de reconhecimento, ou então, como amargurados calos no cu dos macacos que nada fizeram para mudar a humanidade. Foi lá que encontrei aquele ser fero de futilidade, quimérico lance sustentado no pranto da ciente humanidade.

Humanidade…

… Humanidade que faz dos macacos cobaias à força sem apanágio! Já não há conserto para os brinquedos como antigamente. Nem tónicas fábricas de bonecos, todos são descartáveis.

Como poderia a humanidade recuperar humanos! Transformar macacos em humanos não seria de todo orar na paciência, o homem há-de ser sanado por tanta coisa errada.

A natureza reclama dentes brancos.

Adoro dentes brancos e unhas bem cuidadas. Ser bem-educado de expressão é gostar de ser amado mas entre nós não há amor correspondido, apenas um bem-estar e para finalizar o que digo, uma lassidão de guerra fria.

Vamos sorrir, baixaram as armas!

Há falta de soma por isso, baixemos a cabeça num simples gesto, como se mordêssemos o salgado da bolacha quebradiça.

Desde muito cedo vê-se carros verdes a circular aqui na rua.

A rua contusa de tanto omitir civis desocupados à janela, surrando a vida alheia num retrato pintado, família que aufere favor de aplicados iguais a eles mesmos, na diferença está a dignidade do ser e fazer enquanto os dadivosos acatam melhores dias caso as vendas trepem em massa.

Como eu queria voar em queda livre e sentir melhor ar, mesmo que fosse a fugir-me das mãos e do senso por não conseguir agarra-lo. Ver de cima macacos que miram macacos e invadir-lhes a essência de que hão-de ser lavados, o mundo é justo! A vida é um eco que se faz no agora e ouve-se mais tarde.

Esta manhã vou comprar o jornal que traz em foco, um título escrito “macacos em perigo”. É preciso mais inteligência de macaco no cérebro humano e não o contrário senão ele acaba em demência! O mundo é rico e ninguém adorna naturais poções mágicas tão elevadas. Há barreiras acabadas na vez dessa liberdade e em todo o lado há humanos que as dissipam.

Abram as comportas!

Deixem escoar riachos até aos rios!

Deixemos que corram até ao mar… mesmo que distante. E se os peixes virem humanos na praia, de canas enfeitadas na mão e nos pés sapatos com meias, será o sinal de que a humanidade só medrava se lhe fosse incutido a inteligência do macaco!

Que façam praxes neles mesmos e que acabem a verdade!

Quero crescer dentro dos parâmetros aceitáveis da normalidade mais humana! O ideal seria a humanidade parar nas ilusões e despertar bons hálitos, mas já é madrugada e a noite já causou a saudade dos velhos tempos de mãos dadas, agora só o espírito da Tequilla que moderna a vida e levanta a alma!

Há humanidade dentro do reino dos macacos. Há macacos dentro dos humanos e nada pode ser apartado do mundo que se espera.


Rosa Magalhães





O mundo exige regeneração de imediato!

Há súplica na emergência da PAZ

e uma missão em restabelecer a ordem

na educação e na moral, nos bons costumes.

O mundo escasseou dessa plenitude,

...o humano tornou-se ruim e mau no caminho.

Os generais já foram chamados!

Uns já cá estão e outros então a descer

enquanto que muitos outros preparam-se para voltar.

Quem acompanhar esta metamorfose

voltará ao templo sagrado dos bons costumes, será feliz.

Mas quem não seguir será retornado até conseguir

e enquanto isso não for acatado seguirá

rumo ao marasmo escuro e afundado de si mesmo até branquear



somos o que fazemos.

o Mundo está a cair...
 
Rosa Magalhães

23 agosto 2011

Fim de férias que chatice!
(pensei)
mas até que nem custou assim muito…
ontem o 1º dia
… hoje o 2º
foi bom labutar em ambiente sóbrio
sadio
sossegado de sossego senti
na magia ergui
e não vi ninguém que buzine nos ouvidos!


bom é chegar,
quando os outros vão partindo…
e ficar
na quietação do silêncio
pensei que já nem existia
e triste é o fado e quem canta nele
e o desempenho até corre perfeito
e as horas ficam livres…
… livres, livres de apertos
a voar como plumas brancas, livres os dias
- existe melhor coisa?
não existe a diferença do quando
nem se sente que se sente
fora do tudo ao molho e fé nos diabos
assim o trabalho morre!
e maldisposto fica o céu na vontade.
agrada-me que o amanhã chegue no dia seguinte…
e com ele um paraíso que espera-me e eu espreito
tomara que amanhã não chova!
não vejo nuvens negras...
nem ovelhas ranhosas
nem olhares cansados e aflitos!
nem caras tortas que perturbem o ar que respiro.
fim dum bem estar de harmonia… avizinha-se...


Rosa Magalhães
as rosas do meu jardim
são assim
torneadas
raias
preferidas
perfeitas
...roliças
mas as rosas do meu jardim
embora sejam assim
torneadas
e lindas
não são vermelhas
como bolinhas de azevinhos
como as que tu cheiras
torneadas
e lindas
as rosas do meu jardim
são perfumadas de cor
na cor mais linda do amor
que jamais algum dia vi


rebusco de Rosa Magalhães

fica assim,
a magia não foi transportada do azul sapo de um reino distante para o hoje.
existe um lago vigoroso de coloridas pétalas de flores perfumadas no pensamento,
e uma bola de cristais salta desgovernada no horizonte...
... sapo lindo,

rebusco de Rosa Magalhães

18 agosto 2011

Decifrar que nem tudo é bafejado pela igualdade agradeço a Deus porque de facto Deus estruturou tudo muito bem e buscou o pormenor da diferença e o privilégio do esquecimento depois da partida…





rebusco de Rosa Magalhães



Pessoalmente gosto mais do meu lado empírico que não me confunde verdades! Às verdades não admito que chamem de mentiras nem tão pouco admito que duvidem delas pois que a vida não é um falsete sem valor.

 
rebusco de Rosa Magalhães

Não basta tão somente entender que doar o que lhe vai na mente pode ser utopia e aceitar pode ser, mentira.

  

É confuso!
A ilusão confunde-nos realidades.
 
rebusco de Rosa Magalhães


Relacionamentos:


aqueles que te dizem coisas bonitas e te falam boas palavras à frente dos teus olhos são os que mais depressa te Fod... nas costas!

e aqueles que te dão na cabeça nas horas certas dos acontecimentos são os que te defendem quando estás em apuros!
 
depois da revelação é bem provavel que os maus passem a dar-te na cabeça nessas horas certas dos acontecimentos para mudar tuas "ideias" e então será a Fod... no teu peito e nas tuas costas além da tua cabeça!
 
...e se te doi as costas e o peito além da cabeça é sinal que teus olhos ainda estão abertos para seres tu a Fod... aqueles que descaradamente se fazem de teus amigos e na verdade nunca deixaram de ser teus inimigos!
 
a opinião decide que uma vez feita a descoberta o melhor é ignorar esses! chok de conflitos mata. - o universo encarregar-se-à de usar as mesmas armas... e onde houver dor se houver amor passará! o amor é a melhor arma no mundo dos relacionamentos.
 
 
Rosa Magalhães

rebusco

No passeio da vida
encontramos
matizadas verdades
mas só uma delas
por ser genuína
consegue-nos acorrentar ao amor
e o maior sofisma dito,
ofende-o!




rebusco
de Rosa Magalhães

06 agosto 2011

meus olhos vestem com amor e esperança
minha alma sente e capta o que é extrínseco
e minha esperança inspira pessoas a mudar atitudes
acredito que “nasci” porque faço falta aqui no terreno
e se tenho dias menos fáceis estou em divida com Deus
...aceito e trabalho melhor esses dias como um bom devedor
quero um mundo melhor, não reclamo, cumpro e saldo-me


Rosa Magalhães na Vida
 
 
 
 
não gosto mesmo nada de repetir sempre as mesmas coisas às mesmas pessoas! a sensação de que nunca entendem fica sempre presente e é humilhante para ambas as partes!
Ricochete
não matarás meus sonhos!
(recado)

ano difícil!
complicado, turbulento, desgastante
desiludido, estúpido, cruel, sentido, incerto...
incorrecto.

a vida traz sempre coisas que não queremos
nem buscamos
nem sonhamos mas enfrentamos.

lutamos, choramos
e sorrimos mesmo que tristes,
mesmo que dilacerados por dentro.
e se há amor não há ódios, aqui não entram!
esbarram-me e fazem ricochete!

por isso,
a certeza de que tudo isso não vale a pena
fica,
porque não vale mesmo!

mesmo que a noite caia ao nascer do dia,
mesmo que a vida seja um eco que sempre fala mais alto,
e que se ouve mesmo que distante...
vou soltar pétalas e perder espinhos
mas hei-de arrancar-te e ganhar forças!

arrancar-te cá de dentro e perder-te as folhas.
suicidaste-te dentro do meu peito porque assim pediste.
e as folhas,
usei-as como abraços ternos e meigos,
mas não sentiste.

mesmo sabendo que não merecias
dei-tos sem nada em troca...
fui sempre boa e fizeste de mim, cruel!

agora,
espero recolher o que plantei
e na quietude do meu ser, saberei esperar.
já ganhei, ganhei-me, venci! venci-te!
mesmo sabendo que nalguns momentos não fui exacta,
sabia que na razão desses estados,
estavas tu, não eu.
por isso és culpado que me acusa.

sempre fui eu, a mesma
sempre estive aqui, não fugi nem mudei!
tuas acções provocaram-me reacções
e causaram efeito.
ficou uma pedra de gelo cá por dentro,
que nem o amor vai derreter!

se agora é só perdoar para perdoar-te, será treta.
aquela barreira construída, ficará para sempre.
foi isso que pediste, e jamais será ruída
mesmo que chegue um exercito!
mesmo que que a lei universal, mude, serei rude!

sou o que fui e o que sou, sou e gosto.
por isso tudo digo que baste e chega perto...
e se vens a trazer-me bons modos serás bem recebido
gosto de bons modos,
caso contrário, sano-te!
sem penas sem folhas sem asas,
dos espinhos fiz pregos que um dia vão cair-te
em cima da tua chuva!

ensinaste-me,
e aprendi que não posso dar todos os dedos!

por Rosa Magalhães

03 agosto 2011

O teu olhar uma cortina branca...

não é teatro que o melhor suco para escrever é a inspiração mas hoje apetece-me escrever e falta-me esse alento especial. não sei porquê, mas acordei já com isto e fiquei a matutar na razão do meu querer e nada movia-ma a essa essência. Fui rumo ao meu querer, voei alto dentro de mim em busca de algo que me aguçasse o espírito e me exaltasse a alma mas nada do que eu via e ouvia dava para escrever. Meu pensamento voou para outros que assim como eu querem escrever e como será que conseguem fazê-lo porque ninguém tem essa vontade todos os dias! Entendi que a necessidade de fazer coisas lhes permite transportar para o papel essas experiências, é mais real. Mas descobri o quão loucos são, olha eu agora forçar uma escrita com coisas que se calhar nem desejo fazer! Sentei-me dentro do meu silencia e fiquei à espera que algo surgisse e nem os passarinhos na rede a cantar me animaram esse querer. Passei horas a pensar no nada porque era o nada que me invadia a mente e nada que pudesse estar ao meu redor me fazia ganhar o calor que necessitava para escrever. Na consciência queria escrever, mas não sabia porquê nem para quem e nem tão pouco sobre o quê! Queria muito escrever, pensava, pensava e não sabia sobre o que haveria de escrever. Mesmo até a vibração do exterior não me alagava da alegria suficiente para ganhar essa sensação que pudesse daí surgir uma história qualquer. Dei comigo instantaneamente numa fracção de segundos no teu olhar como se uma energia me puxasse e alheada nessa mistura deixei-me mergulhar na emoção sentida que agora estou a contar. Parecia-me um espelho dentro das multidões onde a menina dos meus olhos dançava e eu ia seguindo por arrastão e fui e entrei na dança como uma bailarina à beira de um rio lindo.
O teu olhar uma cortina branca…

Rosa Magalhães

27 julho 2011

amor é jogo que sempre perde


não será por ti, só por ti que meu ser arde
por mim também arde, queima e depois perde
o amor é jogo perigoso que em nós vive
e tua história não será em mim prova de fogo
o amor tem cartas brancas, fechadas que não se abre
e pode ter afiadas lanças ou simples botões de rosa
ninguém sabe quem é mais forte nem porque tu morres
e não será porém o além do que possa sentir
nem o aquém do que possa pensar
nem tão simplesmente o que possa ser
a ser que seja profundo e não programado
pois ninguém tem botão on-off
amor tem dois pares de olhos cegos, já condenados
que deixam elásticas memórias num mar bravo
fica sempre um e o outro parte
nunca dois corações no mesmo tempo partem
antes de nós, devia o amor ser mais forte
comandar o forte e o fraco e na morte durar a eternidade...

por Rosa Magalhães

26 julho 2011

Benquerenças


na imensidão do gostar achamos perfeito a permissão para entrar no mundo uns dos outros, depois, perdemo-nos nesse conhecer e na vez de encontrarmos almas perfeitas e reais, apenas fica o que sonhamos com algumas histórias cativantes e experiências que julgamos enriquecedoras, depois, vem o tempo e apaga essa ilusão. sem desesperançar alguns dos feitiços que nos fazem permanecer juntos, são os refúgios do nosso caminho que vamos colorindo ao longo da vida e a mancha das ausências com o tempo volta a tomar forma e cor e acabam por ficar esquecidas pelas distâncias ou quaisquer motivos que não são motivos. ou se tem afinidades ou não. o mundo anda mais de mãos dadas nas conveniências que nesses castigos dos presentes que nos provocam emoções de rir ou de chorar. alguns iluminam nosso olhar sempre com o mesmo sentimento bonito, para não apartar laços. não há bem maior que ter verdadeiros amigos a fazer parte da nossa história. é positivo o aprender a congelar frases e pensamentos, temos de marcar os momentos, e um dia depois do tempo, desse tempo que não findou ainda, talvez possamos nos recolher e nessa volta, voltar num reencontro.

Rosa Magalhães
Amor Sanado!


perceber que tinhas quebrado
depois da tua partida
sem sequer ter pensado alguma vez
isso pudesse acontecer
por ventura nunca fui esquecida
ou isso foi só tua razão
voltaste de quem te deixou
entendeste que estaria aqui só
esta história imunda
é melancolia nos meus ouvidos
a canção imperfeita do amor
não me vou importar mais
isso é seres agressivo
do jeito carinhoso que ninguém quer
tenho na cabeça ideais
que me esbarram todos os dias
não serás tu para mim mais
aquela pergunta sem respostas
que um dia se aproximou
já não és nada que me perturbe
já não és mais a pergunta porquê
já não és quem amei e deixei de amar
simplesmente és ninguém
tenho uma estrada percorrida
outra para fazer
não preciso da tua guarida
vou cantar até morrer sem medo do novo encanto
a mim nunca jamais me voltaras a sofrer
homem assim merece a partida
sem dor na despedida fica a mensagem
nunca mais te quero ver


Rosa Magalhães
 

01 julho 2011

o pensamento é uma janela aberta dentro de nós...

minha pegada...

escrevo na primeira pessoa e nem sempre falo de mim, mas posso encarnar um iate e deixar-me navegar pelo oceano azul...
adoro sonhar e o maior prazer será que alguém possa entrar dentro das minhas palavras. esse é meu estranho jeito de ser imagens, sons, personagens... sentires.

- já escutaste o silêncio e os sons que dele vem?
- que fazes se nesse silêncio ouves um pingo de água que cai?
eu imagino-me um oceano azul...
- como posso eu imaginar-me um oceano azul dentro de um pingo de água que cai no silêncio que escuto?
(deves perguntar)
- pois digo-te que tudo é simples, basta amar.
só ainda não consegui encarnar esse objectivo a serio, aquele que se marca em palavras do pensamento num pedaço de papel e depois, cumpri-lo.

... sou um oceano de sonhos que trago escritos por dentro, muitos realizados, outros prontos. uns destacam-se mais do que outros e outros não quero jamais deixá-los sair desse estado com “medo” de perder essa magia. entendo que há sonhos que devem permanecer, assim.
nada é impossível, mas há sonhos que vivem na incerteza do tempo certo para se realizarem. meu pensamento voa livremente para onde quero ir, mas fico, não vou.

apetece-me mergulhar no fundo do mar. vou e atiro-me do iate que meu cérebro um dia desenhou. nesse mergulhar encontro um mundo imaginado onde o amor reina por entre marinhas flores, o lugar onde há peixes que passeiam a sorrir...

- eu desejo tocar o fundo do mar! que coisa estranha...
no pensamento já lá ando faz tempo, só falta mover esforços “mexer-me” para realizar.
... vou nessa emoção focada nesse querer e do que não tenho vejo-me a fazer “coisas” que nunca fiz e às vezes é tão real que quando saio do sonho parece-me continuar a “sonhar”... então não preciso realizar, ando por lá quando quero.

manobrar os pensamentos é maquinar sonhos conforme os desejos, mas que haja amor! com amor tudo é possível, eu comando.
... tudo é simples, basta amar.

Rosa Magalhães














30 junho 2011

Homenagem

Gostasses de mim...

Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é... o segredo fundo do mar

É engraçado como a vida nos prega partidas
Quanto mais fortes pensamos que somos
Caimos em armadilhas
No problem, no preocupações
É como eu tento viver minha vida
Mas cruzei-me como um girassol
Que colocou meu coração
Num beco sem saída

Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é... um segredo fundo do mar

Confesso que não estava prevenido
Amar alguém e não ser correspondido
Eu nem sequer tive chance de a mostrar
Que o meu fogo tem chama verdadeira...
Por mais que eu tente, e eu tento demonstrar
Ela foge...

Diz-se não acreditar

Ela diz-se não acreditar
Eu gostava que gostasses de mim
Ela diz-se não acreditar
Acredita...

Ela diz-se não acreditar
O que eu sinto por ti é verdadeiro

Ela diz-se não acreditar
Eu gostava que gostasses de mim

Gostasses de mim...
Que gostasses de mim...

Caem várias flores no meu jardim
Algumas delas até bem bonitas
Mas existe uma em especial
Que eu quero só para mim
Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é... o segredo fundo do mar

Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é... o segredo fundo do mar

Essa flor não me deixa a conquistar
Ela é... o segredo fundo do mar

Segredo.... Fundo do mar...

Música e letra de Angélico Vieira

Modelo,                  Cantor,                   Actor
considerado um Ídolo Nacional Português que tocou a Juventude pelo seu charme, Angélico de raízes Africanas é sucesso.

"... um índio alto, magro, moreno, forte, corajoso e lindo.
O Angélico adorava a vida agitada da cidade (Lisboa) e só tinha medo de uma coisa: - rotina! Fugia dela sempre que podia e lutava para que todos os seus sonhos se tornassem realidade..."

19 junho 2011

“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade!”
Fábio de Melo



muitas vezes pergunto-me:
- porque me sinto Feliz?
muitas vezes nem tenho motivo
e muitas vezes nem tenho respostas…
muitas vezes os outros tentam adivinhar
a razão porque estou mais feliz,
porque trago ar radiante e tenho brilho!
… e logo tentam estragar esse meu estado,
- porquê?
- porque afecta tanto os outros
o facto de eu me sentir bem e feliz?
… mesmo sem ter motivos!

há coisas que não consigo entender…
há coisas que não consigo explicar…

Rosa Magalhães