26 agosto 2010

Correio do Minho - Jornal

"Surrealismo"
foi publicado pelo Jornal Correio do Minho
a 21 de Agosto 2010


Rosa Magalhães

Diário do Minho - Jornal

"Marionetas Humanas"
foi publicado no espaço cultural do Jornal Diário do Minho
a 25 de Agosto 2010

Rosa Magalhães

Correio do Minho - Jornal

"Temática sobre fidelidade"
foi publicado no espaço "Conta o Leitor" do Jornal Correio do Minho
a 26 de Agosto 2010


Rosa Magalhães

25 agosto 2010

A pensar comigo...

limito-me à saudade que persiste
trago na voz um corpo
e dois braços aflitos
uma espécime em foco
um ciúme louco
e pétalas perdidas

Pensar nos teus sorrisos
teus olhares declarados
é papel que arde
o amor do final da tarde
a musica
abstracto suave

Pensar na cor caída
do sol desmaiado
brandas nuances bravas
como brandas flechas soltas
e pensamentos com setas
pardos sentimentos de pardais à solta
em torno do som tépido

Há peixes
que saltam das ondas esguias
há ventos que parecem-me
nascentes falsas
tu,
meu pensar lamentoso
meu castigo doloroso
meus olhos lacrimosos
meu pensar
devora-me por dentro
 
Rosa Magalhães

Nunca foste Pessoa!



Perdi-me!
Perdi-me no quanto
ao imaginar-te Pessoa
imaginei-te
humano
e perdi-me

Perdi-me!
Do ser humano
e do ser Pessoa
perdi-me no quanto
ao imaginar-te humano
em ti não vi
nem humano nem Pessoa

Perdi-me!
Perdi-me mas ganhei-me
ao imaginar-te querido
ganhei-te
como traçador de limite
cansado sem limite
cansei-me
a perder-te e perdi-me

Perdi-me!
Perdi-me de mim
de ti
como pessoa
foste, rascunho
desenhei-te e guardei-te
donde te sinto és diário perdido
memórias eternidades e momentos

Perdi-me!
Perdi-me do tempo
sim do tempo
desse tempo atirado fora
onde me canso a busca-lo
para recompensá-lo, sim o tempo
o tempo da minha vitória

Perdi-me!
Do sonho perdi-me ao imaginar-te
humano
perdi-me mas nunca foste, Pessoa

Rosa Magalhães

Inesquecido


Doce
encanto que me
deitas
meu copro
um suspiro
solto
meu Amor
sentido
teu corpo
dormindo
momento
para sempre
inesquecido!



Rosa Magalhães
escrito em Novembro 2009

meu Amor meu Amor


Meu corpo quedo
Vai num vento dúbio
Minha rubis negra
Preta á nascença
Cruzam-se mares
Cruzam-se olhares
Teus cinza verdes meus
Meu amor
Me dás a ti dou sem avesso
O verbo é amar-te
Eternamente amar-te
Meu corpo é teu meu é
Paixão teu amor
Que de mim inquieto vem
Vai num vento
O meu pensamento
A minha cor é de cor
Tua negra cantoria és
Meu amor
Meu amor
Meu amor


Rosa Magalhães
escrito em Outubro 2009

Sofro

Sofro tanto
tanto tanto tanto
como se tu fosses mácula
licenciosa do meu tempo
como se fosses sujeição
básico condimento
a sair-me do peito
ou arrojado de inquieto
como se o coração
não espancasse certo
e galgasse por todo o lado
Sofro
remo e padeço tanto
tanto tanto tanto
como se fosse sentença de morte
por estares sempre a meu lado
a deixar-me amor sôfrego e sedento
inacabado
Sofro tanto
Tanto tanto tanto
que nem sei
se sofro assim tanto
nem se na metade sorrio de contente
e mesmo que o amor seja assim
tão quebrado como este tanto
que faleça por tão tamanho pranto
dentro do sonho velado
ah como eu sofro
se meu sonho faiscasse e pronto?
ficasse eu
uma pena solta no canto
que por ti canto!
Rosa Magalhães
escrito em Dezembro 2009

Perdição


Trago em mão
a vingança sem preço
e no cair da noite
o teu regaço
e o amor
o alento
trago magia
e flagelo
no sentimento
a figura do teu ser
na minha mão
rasgada
e uma arma
ao coração apontada


Rosa Magalhães
escrito em Dezembro 2009

Coração Bélico

Aparência dura
gélida
atitude bélica
externa tua essa
de indiferença
a mostrar o dócil
no teu peito
sincero e afável
Inundas-me do dúbio
sentimento estranho
contrarias-te a ti próprio



Rosa Magalhães
escrito em Dezembro 2009

Para te dar


Atendo meus desejos
mais secretos os mais dúbios
nos versos fortuitos
acomodo-me e componho desafios
entrego-me à divagação
da minha fantasia
e ao amor que me arde dentro do peito
que me castiga e me faz doer
amor é luz na minha sina
senti-la ou não vê-la
é forma de ser a poetar suave
para te dar e de ti
poder receber.

Rosa Magalhães
escrito em Dezembro 2009

O sabor de ti


Enquanto montanhas, se elevam
Vou caindo a teus pés, meu amor
Beija-me a boca, traz-me água
Soltos cabelos, e olhares cansados
Sopros de alma, de amor e afago
Pedaços em mim, em ti nunca apago
Rendo-me, aos teus encantos
És fruto meu desejo, meu tempero
Astro redondo, de tudo e silêncio
Surpresa distinta, quando acordo
Arrebatada sinfonia, quando me deito
Montanhas se elevam, nossa cama
Te amo!

Rosa Magalhães
escrito em Dezembro 2009

Quero voar


Enquanto montanhas, se elevam
Vou caindo a teus pés, meu amor
Beija-me a boca, traz-me água
Soltos cabelos, e olhares cansados
Sopros de alma, de amor e afago
Pedaços em mim, em ti nunca apago
Rendo-me, aos teus encantos
És fruto meu desejo, meu tempero
Astro redondo, de tudo e silêncio
Surpresa distinta, quando acordo
Arrebatada sinfonia, quando me deito
Montanhas se elevam, nossa cama
Te amo!

Rosa Magalhães
escrito em Janeiro 2010

Beija-me a boca


Enquanto montanhas, se elevam
Vou caindo a teus pés, meu amor
Beija-me a boca, traz-me água
Soltos cabelos, e olhares cansados
Sopros de alma, de amor e afago
Pedaços em mim, em ti nunca apago
Rendo-me, aos teus encantos
És fruto meu desejo, meu tempero
Astro redondo, de tudo e silêncio
Surpresa distinta, quando acordo
Arrebatada sinfonia, quando me deito
Montanhas se elevam, nossa cama
Te amo!

Rosa Magalhães
escrito em Outubro de 2009

Asa rendida

O mutismo que me anunciaste hoje
Foi bênção num beijo de amor teu
Minha asa rendida caiu por ti só por ti
Acuraste meu abraço como afectivo sem pó
Agrado macio nosso nó vazio de pranto
Enlaces de sonhos forrados de solidão
Nós dois um cosmos de nós só para nós

Rosa Magalhães
escrito em Outubro de 2009

18 agosto 2010

O comboio da vida!

Desci do comboio na estação
a esperança viajou comigo
nas palavras que por lá deixei...


... o comboio seguiu
rumo ao destino...
a esperança que me abraçou
acenou-me o caminho
e não vi a multidão!


Aos pensamentos bons
queimei todos os ruins
vi o vislumbramento dos meus sentidos
na viagem, fui
ao infinito do paraíso...
e cresci, sem dar por isso.
Hoje, estou aqui!

Por Rosa Magalhães
escrito a 28 Dezembro 2009