03 junho 2013

Arrazoa-se um mundo em marcha! No pensar, quase a era dos bebés fluorescentes, e até ao joelho (no fundo da gaveta) meias de lã, xadrez: vermelhos tons nos corriam nas veias!

Queiramos um mundo a contar verdades! Temos de nos ajudar na vida universal, e não sermos fugitivos a cuspir bom dia, a cair no mal das ruas. As ruas! Ruas, vagas, vigiadas, e mendigos gatos calvos entre nós: as línguas enroladas nos enigmas: comeriam telhas com tijolos!

Somos sonhos e sonhamos casas brancas e árvores, bonitas árvores com braços para abraçar. Não sabemos como nos enrolamos tanto nesses postes! A festa agora despe e descola, um mal que devia ter sido antes decepado.

Observamos. Porque observamos mas não olhamos nos olhos! O amor: armado de anjos enciumados; invejas cresceram em conselhos desfavoráveis. As cobras e as cabras, não vão esperar eternamente!

O branco: inofensivo. Nunca encarado treino deixou tanto rastro! O mundo num olho atento, possivelmente, feitio complicado nas crianças que fomos e o nada não afluiu flores com cheiro a rosas, jarros de hospitalidade, respeito e uma festa organizada! Poderíamos desanuviar o ambiente! Colocar dispostos ares por mais um prato! Mas a comunidade que era nossa, tinha medo. Medo e coragem: as duas faces da medalha.

Inéditos, Rosa Magalhães
"No Reverso da Medalha"

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