acordei com asas nos pés
e mãos atadas como os presos
nas celas do cansaço
vi gaiolas penduradas
com vidas e pássaros lá dentro
tremi o medo de olhar o espaço
foram dores cantadas
sem cordas de violas
foram sonhos pendurados
nas portas das gaiolas
acostumei à dúvida do estar
tão perto desse estado
e no brinde, ouvi
um simples estalar de dedos
recheei a coragem com falcões
e rapinas indolentes do saber solto nos ventos
e soltei-me os pés
voei como se as asas saíssem de mim para bem longe
e fui de mim um cativeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário