09 junho 2010

Torta é esta vida!

Tortas almas que vagueais, atormentadas, pardais juntos às alvoradas...
A chuva cai!
Cai nas insónias, pestanas queimadas e poetas e dores e mares e olhares cansados!
Oh mares...
Mares que ides à deriva!
Barcos partidos, perdidos das águas bebidas e nuvens esquecidas e ventos,
ventos, outrora vindos ternurentos nas frívolas maresias...
... Areias desertas e caminhos temidos, sem vapor sem nó, sem corda, sem cordeiros!
Paz que a guerra arde nas mentes e feridas!
Tortas tardes!
Tortas almas!
Tortos pardais à chuva!
Torta é a chuva e as cabeças tontas!
Insónias, mares sofridos, violentos!
Bêbados famintos!
Tudo é esquecimento...
... Oh cruéis!
Que invadis olhares tristes!
Ruínas arruinadas!
Cantares sentidos!
Caladas folhas, do verde puro e puros campos...
... Árvores sedentas de amor e tontos amores!
Amores tortos!
Mundo torto que me inventa!
Torta é esta vida!

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