28 dezembro 2010

lua demorada

Alua-me este exército que trago no peito!
Teu sorriso, meu desassossego meu deleito...
condoído olhar-te,
donde te avisto visto-me de longos cabelos
que me beijam o beijo do rosto.
- ai se me castiga teus beijos!
Alimentam-me a vida toda!
Ah,
selvagem é âmago donde sigo
ao teu encontro solto-me de mim
e a mim volto num som fruído do bandolim…
… meu eu mais altivo de fraquezas e sonhos,
quimeras acorrentadas
asas quebradas em busca da esperança
que vai vestida de alento
se vou volto no teu cavalo
castanho e branco que abeira-se
do meu castanho e preto.
Tua boca, um perfil devorado
eu, um corpo cansado…
oh sátira de penas minhas penas quebradas
o vento, traz a floresta à espera dum abraço
eu, dum novo dia!
-Vamos renovar o Ano Novo?


Rosa Magalhães

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