07 janeiro 2011

Janela aberta

Passaste-me a ala esquerda da alma
numa batalha flamejada, somaste-a
em orações sorriste-me
e choraram os sonhos que ocasionaste.

Nas ilusões desconexas
foram as fúteis pétalas ociosas
tua confusão nos meus devaneios
invadiram os desejos
das risonhas
pontiagudas quimeras pretas
já desfeitas em pedaços.

Acalentaste-me a música
de mim a alma
e trouxe-te singelos sons
que fui bebendo aos sorvos.
Tudo que flama por amor
por um amor inacabado...
oh augúrio do meu tempo!

A janela,
havia fechado uma singela janela aberta.

Rosa Magalhães
 

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