09 novembro 2009

AMorrer de AmorPorTi !

Doutrina-me!
Ama-me!
Esquece-me da tua origem
em mim metade é amor, meu amor
bem sabes, que amor maior inexiste
menos ainda o amor é metade!
Jubiloso sentimento é festivo não triste
tristeza alegre não existe
nem dois corações instigados de coisa errada
nem dizeres ditos, como sina ou destino
o tempo rasga o vento que ensejo
o impulso, não tem abrigo
nem amor tem de ser desespero que peleja
nem náusea o afeiçoado.
Quero voar!
Voar rumo ao meu querer
semear abraços e beijos
para quê, se teu coração
anda a difundir minha alma!
Amor, silêncios mudos, nossa arte
na estrada há um trilho e o desígnio
que vereda vielas a ir ao imenso infinito.
Seremos cansaço?
Seremos o tédio?
Ou a fadiga da pressa!
Não! Não passes à azáfama da vida minha!
Doutrina-me, imploro!
Na ânsia perdida e afã
És quem me castiga o amor vão
entrega-me confidente, tua alma
que o busto desígnio da planície
a mim já não pertence
Ama-me num intento qualificativo
sob alçada do meu domínio
penas e suplícios, tormentos
que bradam o gentil do teu nome.
Olhares por nós são distintos
cortês afável pesar, dor macula
é de novo sonhar-te! .
És quimera guarnecida no meu cabelo
as noites são minhas fantasias
noites...
... minhas noites
ah minhas noites mal dormidas!

E um céu a cobrir-me pelas paredes do gelo. .

Meu amor pode ser inquietação de inferno
sobressalto que te importuna, a querer-me
almejado amor, amor meu, meu desejo
ansiar é teu jeito, meu algemado
a fugir-te exutório!


Mera questão franzina, a seduzir-te
Doutrina-me! O amor pede mérito!
Amor não tem tamanho, tem mais valia!
Será grande desprovido a carecer carecido
se o apreço é estima
é afecto ou castigo e vai no peito.
Ai no peito
no peito, uma só pedra rubra
a nutrir batimento que remexe
vou a esquece-me de esquecer-te
alvoroço do perder-te
no peito vão plangentes os sentidos
lastimável quimera...
ai quem me dera, sorrir-te!
Quem me dera nunca ver a partir-te!
E nem um coração, ama sozinho
e amor, não se deita fora!
Ama-me!
Amor assim tão grande não pode fugir-te!
Doutrina-me
ou então, esquece-me da tua origem!
Vou a morrer-te, morrerei contigo
comigo nesta morte, vou a esquecer-te.
Rosa Magalhães
27 Out. 2009

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