26 novembro 2010


Depois da verdade só há verdade



No meio de um sonho atribulado, acordei aflita que nem sabia onde estava. Aticei a luz e sentei-me a escutar que barulho seria. Escutei, voltei a escutar e tive na sensação, um equídeo que corria rua abaixo-rua acima. O medo enrolou-me cabelos no cobertor mas não quis abafar o raciocínio para ouvir se era sonho o que escutava. Senti o atracar ferino num ir e voltar nessa corredora onde estremeci mais ainda com o guinchar do ferro no chão a derrapar o travão arrebatado que me dava a sensação ser em baixo e em cima, da rua. Interrogo ainda a razão de todos em casa, ser eu quem ouvia.

Rosa Magalhães no Concurso: “Imagens da Nossa Memória”
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