26 novembro 2010


Só areia


Não, não abras a janela! Gritava desesperada. Mas ela, sim ela, a janela abriu-se e entrou só areia! Areia, só areia, era tanta que entrava pela janela e eu, do lado de dentro a ver, toda aquela areia, que não parava de entrar! Chorei, gritei e ninguém veio socorrer-me! Ninguém me ouvia! Então gritava! Senti-me a sufocar com tanta areia que me cobria. Era só areia que entrava, tanta areia, que de repente, acordei! Acordei tão depressa e sem ar, quase não podia respirar. Depois, pus-me a olhar, olhei tudo à minha volta e caí na real cena, que foi cena de um sonho que estava a sonhar.


Rosa Magalhães no Concurso: “Imagens da Nossa Memória”
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