03 junho 2012

Mortos de medo


Na verdade, vestimos nas costas a cruz que fabricámos e um Cristo morto. Um mundo do avesso, infausto no juízo que nada faz para que tudo isto: mude. Amontoamos na cabeça a ideia que também morremos. Junto do Cristo uma cruz com todos: nós (humanos) lá dentro. Esperança, não vemos. Parece que vivemos num intervalo às pressas, colado na ponta do universo. Dizem: reinventai-vos! Na verdade temos talento mas somos: mortos de medo. Somos humanos ignorantes que ignoram outros que fazem não Deuses. Na verdade perdemos a razão apontando, enquanto temos todos os dedos a direccionar-nos corações encarcerados, mortos de juízo num mundo actual ainda belo. O desejo suprime um virar de história a ficarmos do avesso e enquanto vive o milagre da vida não morre: espera e age.

por Rosa Magalhães



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