27 janeiro 2010

a verdade

na voz
arranhada
um ramo
de acácias em flor
quando falas
de amor


engole
o sopro suave
feroz
quando teimas
os dedos
entre os meus
cabelos


formas belas
o peito a dilatar
pela falta
de ar


mãos quentes
tuas
e minhas a passear


na boca
cerejas soltas
na palavra amar


o olhar frágil
tal asa
de borboleta


amarras
que dizem
somos um só


a voz
sussurrada
o momento
débil
sempre
vens lindo


uma flor
a cair do céu


um beijo
de amor
tocado
num sino

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