na voz
arranhada
um ramo
de acácias em flor
quando falas
de amor
engole
o sopro suave
feroz
quando teimas
os dedos
entre os meus
cabelos
formas belas
o peito a dilatar
pela falta
de ar
mãos quentes
tuas
e minhas a passear
na boca
cerejas soltas
na palavra amar
o olhar frágil
tal asa
de borboleta
amarras
que dizem
somos um só
a voz
sussurrada
o momento
débil
sempre
vens lindo
uma flor
a cair do céu
um beijo
de amor
tocado
num sino
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