13 julho 2009


O medo é um acróstico,
não existe, não é tocável...
mas é sentido.
Vive no interior de quem o sente,
é um sentimento nosso,
não dos outros.
É um sentimento que corroi por dentro,
assim como o ciúme, o egoismo, a inveja...
Temos medo,
não dos outros ou de algo.
Temos medo de nós mesmos!
Por não sabermos,
se somos capazes de enfrentrar
o que nos provoca tamanho sentir!
por Rosa Magalhães
Medo
Contrario o exacto em nuances de significados
enfiar a cabeça na areia como avestruz
não me seduz!
Esconder os segredos
correr atras de esperanças e ver-te feliz
sou aprendiz!
Um corpo nu de arte
suscita palavra de beleza nua e solidão
quero dar-te a mão e dizer-te
estou aqui!
Desnudo a paixão a mimar-te
arranco amarguras e delício-me no calor sintático
em teus olhos penetrantes
bebo a coragem, tropeço na ousadia
minha valentia!
Sem juízos nem unhas que rasgam inspirações
bravuras do heroísmos
palavras loucas de fantasia
cala-se a medo o próprio medo
na condição humana, homem enquanto homem
me atrai e o espelho que parte não cai!
Sombras e aforismos são medos mortais
plenos de desejos
seres mensageiros da paz
nesta devoção
o medo é pura imaginação!
Ninguém roubará, as alegrias são tuas
eternas mesmo que vazias são fruto
pronto a desabrochar!
Estou fora da confusão onde há sílabas
imagens despidas não compreendidas
a busca é de partilhas
monólogos algemados que sobejam asas perdidas
liberdades independentes, medos ausentes
medo, é mau companheiro para a vida
mau parceiro para as mentes!
por, Rosa Magalhães

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