10 julho 2009



Psitacídeo
As capotas coroadas
nas cores que vivas estão
são papoilas amarelas
vestidas de muita paixão
os jarros de água
brotam jardins e castelos
celeste este meu coração!
Vermelhos voares
azuis belos fora do arpão
e morfossintáticas gaiolas
abertas na imensidão
papagaios dispersos
sonhos cansados da ingratidão.
São temáticas giratórias
os sabores da imaginação
palavras meigas a tocar memórias
ao sabor do acordeão, fazem refrão.
Borbulhantes ficam os saberes
nas correntes quebradas de solidão
mentes de mel, galhardetes
que chegam em jeito de expressão
as gravatas suaves
as liberdades
os pensamentos psitacídeos
encerram conversas de verão
Poemas ausentes
Poetas crentes a divulgar livremente
a palavra em expansão
e tudo mais
que termina em ão
poderá ser gato ou cão
cheio da razão
no meio da multidão!
por Rosa Magalhães

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