Não tens de quê!
Reclamas porquê?
Não tens de quê!
O espaço é do mundo
o mundo é de todos!
Assim é que é!
Como é!
Sai!
Vai!
Fica!
És uma fisga solta
que atira aos pássaros, a ferida...
ficas calado
fingido
meladoo
sorriso serrado entre dentes
já amarelados
e pontas de dedos
desbotadas com o cigarro...
Reclamas impúros, teus medos
teus próprios dedos
castigas teus segredos
inventas tempestades vivas
neurónios atentos a quê?
Porquê!
Não tens de quê!
Reclamas os ventos
que sopram pra lá não pra cá
instintos solitários
lobos esfomeados
sinistros ouvidos em prantos
a pedir socorro!
E reclamas o quê?
Para quê?
Porquê?
Nada de nada, não vês...
... não ouves não falas, porque não vês!
Nem sabes porquê
és o pior surdo
o melhor mudo, cego que não vê!
Palavras te trago
para mim não para ti
porque não as sabes ler...
porquê?
Não tens de quê!
Por Rosa Magalhães
Por Rosa Magalhães
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